Busca sem resultado
jusbrasil.com.br
20 de Abril de 2024
    Adicione tópicos

    Negado HC a paciente que descumpriu medidas protetivas

    há 9 anos

    O paciente está preso por descumprir medidas protetivas concedidas a sua ex-convivente. Ele e a vítima mantinham um relacionamento de mais de quatro anos e tiveram um filho.

    Por unanimidade, os desembargadores da 2ª Câmara Criminal negaram pedido de habeas corpus interposto em favor de R.O, que apontava como autoridade coatora o juiz de Direito da 3ª Vara da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Capital.

    O paciente está preso por descumprir medidas protetivas concedidas a sua ex-convivente. Ele e a vítima mantinham um relacionamento de mais de quatro anos e tiveram um filho. Conforme consta nos autos, na data dos fatos, após uma discussão, o paciente, sob efeito de álcool, desferiu socos no braço e cabeça da vítima.

    Ela registrou ocorrência, representou contra o ex-convivente, bem como solicitou medidas protetivas de urgência, as quais consistiam no afastamento dela do lar comum, proibição do paciente de manter contato ou se aproximar dela, de seus familiares e testemunhas, mantendo a distância mínima de 300 metros.

    Entretanto, por não aceitar a separação, ele passou a telefonar e a enviar mensagens de voz no celular dela, além de persegui-la em via pública, razão pela qual ela procurou o Ministério Público Estadual e este solicitou a decretação da prisão preventiva dele por descumprimento das medidas protetivas. Dessa maneira, o juiz decretou a prisão preventiva do acusado.

    A defesa afirmou que o paciente, de fato, efetuou ligações para a vítima, porém sem a intenção de ameaçá-la, mas sim de reatar a convivência. Alega ainda que ele possui condições pessoais favoráveis para obtenção da liberdade provisória e que estão ausentes os requisitos previstos no art. 312 do CPP.

    Ao final, pediu pela revogação da prisão preventiva ou a sua substituição por medidas cautelares.

    Ao analisar as informações prestadas pela autoridade coatora e os documentos que instruem a impetração, o desembargador relator do habeas corpus votou pela manutenção da prisão cautelar, bem como disse estarem presentes os pressupostos para a prisão cautelar, tendo em vista a prova da materialidade e indícios suficientes de autoria.

    Em seu voto, o relator assentou ainda estarem presentes os requisitos para a manutenção da prisão em razão da reiteração da prática de fatos delituosos pelo paciente, evidenciando a possibilidade de colocar em risco a integridade física da vítima, pelo que seria temerária a soltura do mesmo.

    Ao citar um julgado do STF, ressaltou ainda que o fato de o paciente possuir os requisitos necessários para obter o benefício da liberdade provisória não garante eventual direito de obtê-lo, quando as reais circunstâncias do caso recomendam a prisão cautelar.

    Salientou ainda que a prisão preventiva está de acordo com os requisitos contidos no art. 313, incisos II e III, do CPP, por se tratar de agente reincidente e de crime que envolve violência doméstica e familiar contra a mulher, devendo ser garantida a execução das medidas protetivas de urgência.

    “Assim, a imposição de medidas cautelares diversas da prisão se revelariam inadequadas e insuficientes”, conclui o relator ao denegar a ordem.

    O processo tramita em segredo de justiça.

    Fonte: TJMS

    • Publicações25933
    • Seguidores83
    Detalhes da publicação
    • Tipo do documentoNotícia
    • Visualizações53
    De onde vêm as informações do Jusbrasil?
    Este conteúdo foi produzido e/ou disponibilizado por pessoas da Comunidade, que são responsáveis pelas respectivas opiniões. O Jusbrasil realiza a moderação do conteúdo de nossa Comunidade. Mesmo assim, caso entenda que o conteúdo deste artigo viole as Regras de Publicação, clique na opção "reportar" que o nosso time irá avaliar o relato e tomar as medidas cabíveis, se necessário. Conheça nossos Termos de uso e Regras de Publicação.
    Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/negado-hc-a-paciente-que-descumpriu-medidas-protetivas/229684246

    0 Comentários

    Faça um comentário construtivo para esse documento.

    Não use muitas letras maiúsculas, isso denota "GRITAR" ;)